Especialista faz alerta sobre câncer de próstata: ‘é preciso focar na prevenção’ – Dr. Celso Dantas – Tratamento e Cirurgia do Cálculo Renal

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Especialista faz alerta sobre câncer de próstata: ‘é preciso focar na prevenção’

A expectativa de vida do brasileiro passou a ser de 75,8 anos em 2016, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir dessa constatação, o médico urologista Celso Dantas lembra que o diagnóstico do segundo tipo de câncer mais comum entre os brasileiros – o de próstata – em 60% dos casos é mais prevalente em homens com mais de 65 anos. O especialista acredita que a queda do tabu envolvendo o exame preventivo da próstata, o toque retal, tem ajudado os pacientes a se cuidarem melhor, o que, consequentemente, reverte em qualidade de vida na terceira idade.

De acordo com as estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata contabiliza a média de 15 mil óbitos, anualmente. Apesar da elevada taxa de mortalidade, a doença apresenta 90% de chance de cura, se descoberta precocemente. “Atualmente, as campanhas de prevenção da doença feitas pelas entidades e governo têm surtido bom resultado. A prova disso é a maior frequência de homens mais novos buscando o urologista para realizar os exames preventivos”, avalia Dantas.

O médico comenta que a prevenção do câncer de próstata tem relação com o estilo de vida e, nesse sentido, alguns cuidados são fundamentais, como: manter uma alimentação saudável, rica em vegetais, cereais integrais, frutas; a diminuição de açucares, carnes gordurosas, frituras; e evitar o excesso de bebidas alcoólicas e o fumo. Dantas destaca que a atividade física regular é uma das medidas mais importantes para evitar qualquer tipo de doença.

Os exames preventivos da doença, de acordo com Dantas, devem ser feitos todos os anos, a partir dos 50 anos de idade. Para dois grupos de risco é recomendado iniciar o monitoramento a partir dos 45 anos. “Aqueles homens que têm histórico familiar de câncer de próstata, na linha de primeiro grau, pai, tio, primo, irmão, e os afrodescendentes. Esse público tem duas ou três vezes mais chances de ter esse tipo de câncer”, explica o urologista. Dantas cita dois exames que ele afirma serem eficientes na detecção da doença. “O toque retal e o exame de sangue chamado PSA. Os exames de imagem são indicados somente para os casos que apresentam suspeita de anormalidade”, diz o médico.

Nos pacientes até 75 anos de idade, Dantas conta que o padrão ouro é a cirurgia, que pode ser por meio convencional, ou seja, aberta, por videolaparoscopia ou videolaparoscopia robótica. A segunda opção de tratamento é a radioterapia, que também pode ser eficiente nos casos iniciais da doença e para homens com mais de 75 anos. “Nesses pacientes mais idosos, levamos em conta a expectativa de vida de mais de 10 anos para indicar a cirurgia”, destaca.

A cirurgia de câncer de próstata pode ocasionar duas complicações, segundo o médico: a incontinência urinária e a disfunção erétil, que podem se apresentar de um grau leve até um mais severo. “Caso ocorra uma das complicações, elas podem ser tratadas com fisioterapia pélvica, medicações ou cirurgia com colocação de esfíncter artificial, nos casos de incontinência urinária. Já nos casos de disfunção erétil, o tratamento pode ser por medicamentos ou mesmo implante de prótese peniana”, comenta o médico.

Um fato comum que Dantas relata ocorrer nos consultórios é daqueles pacientes mais novos e com vida sexual ativa, não aceitarem com facilidade a possibilidade de disfunção erétil pós-cirúrgica. Para esse grupo, o médico busca caminhos alternativos para tratar o câncer. “Se o tumor está num estágio inicial e com características pouco agressivas, temos a opção de, em comum acordo com o paciente, fazer um acompanhamento sequencial sem tratamento clínico ou cirúrgico, somente exames de PSA e biópsias seriadas, já que esse tumor pode levar muitos anos para evoluir. Com esse procedimento que chamamos de vigilância ativa, o paciente pode ir protelando de forma segura a cirurgia e, consequentemente, se livrar das suas complicações”, esclarece o urologista.

Nos estágios mais avançados desse tipo de câncer, quando o tumor já ultrapassou os limites da próstata e, por isso, a cirurgia e a radioterapia não são mais curativas, Dantas diz que o tratamento mais adequado é o bloqueio do hormônio masculino.

O urologista chama atenção para o fato do câncer de próstata não ter sintomas específicos, mas quando isso ocorre eles são semelhantes aos da hiperplasia benigna da próstata, entre eles a urgência urinária, vontade de urinar várias vezes na parte da noite, o jato mais fraco e com interrupção e a ejaculação com sangue. “Por isso a ida ao consultório e a manutenção dos exames de rotina em dia são pontos fundamentais. Isso interfere na qualidade de vida do paciente e na sua segurança e tranquilidade”, comenta Dantas.