Entrevistas – Dr. Celso Dantas – Tratamento e Cirurgia do Cálculo Renal

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Entrevistas

Dificuldade para urinar e febre podem ser sintomas das doenças benignas da próstata. Entenda o problema:

A visita periódica ao urologista não é importante apenas para prevenir e tratar o câncer de próstata. Outros dois problemas muito comuns nos homens também podem ser diagnosticados precocemente durante a consulta médica: a prostatite e a hiperplasia prostática benigna (HPB), duas patologias benignas da próstata, que provocam desconforto e dificuldade para urinar, entre outros sintomas. O urologista e cirurgião Bernardo Geoffroy, membro da equipe médica da Clínica Urológica e Cirúrgica Dr. Celso Dantas, conversou com a nossa equipe sobre o diagnóstico e o tratamento para as duas doenças.

Quais são as principais doenças benignas da próstata e qual a sua incidência?

As principais doenças benignas da próstata são a hiperplasia prostática benigna (HPB) e a prostatite. A HPB é uma das doenças mais frequentes nos homens, especialmente entre 51 e 60 anos (45%) e entre 70 e 79 anos (62%). Trata-se de um crescimento da glândula prostática, que pode comprimir a uretra, diminuindo o seu calibre e dificultando a passagem da urina. Essa obstrução ao fluxo urinário pode levar a sintomas como jato urinário fraco e intermitente, hesitação e esforço para urinar, aumento da frequência urinária, necessidade de acordar várias vezes para urinar, entre outros.

PROTAJá a prostatite é um processo inflamatório da glândula prostática, geralmente causado por agentes infecciosos. Aproximadamente, entre 9% e 16% dos homens são diagnosticados com a doença ao longo de suas vidas, principalmente entre 35 e 50 anos, o que a diferencia da HPB e do câncer de próstata, que atingem, predominantemente, homens mais velhos. O quadro clínico é bastante variável, desde um quadro súbito e com sintomas exuberantes como febre alta, queda do estado geral e dor perineal, até quadros pouco sintomáticos.

Em alguns casos, os sintomas podem ser parecidos com os do câncer de próstata? Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico das patologias prostáticas benignas é clínico, sendo realizado um exame físico durante a consulta, que inclui o toque retal, a fim de estabelecer o volume prostático e identificar presença de nódulos. São solicitados, também, exames laboratoriais, como o PSA e a urinocultura. Tais exames são importantes para excluir outras patologias, como câncer de próstata, que podem ter sintomas semelhantes à HPB.

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da prostatite e da hiperplasia prostática benigna?

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da HPB são a idade, a presença de níveis elevados de hormônios masculinos e fatores genéticos. Atualmente, tem sido comprovada, também, a associação entre um estilo de vida menos saudável e o desenvolvimento da doença. Quanto à prostatite, os principais fatores de risco são infecção urinária, atividade sexual e manipulação cirúrgica do trato urinário.

É possível tratar essas doenças apenas com medicamentos? Em que casos a indicação é cirúrgica? Poderia falar um pouco sobre os benefícios de cada tipo de tratamento?

O tratamento da HPB consiste em acompanhamento regular sem uso de medicação (em pacientes pouco sintomáticos), terapias medicamentosas (em pacientes sintomáticos, com prejuízo da qualidade de vida) e terapia cirúrgica (em pacientes refratários à medicação oral ou com complicações, como: sangramentos, alteração da função renal e infecção urinária de repetição). O tratamento cirúrgico pode ser endoscópico, por via uretral, ou através de cirurgia aberta, dependendo do tamanho da próstata. O tratamento da prostatite, por sua vez, é medicamentoso, com uso prolongado de antibióticos, associado a analgésicos, quando necessário.