Quando o assunto é cálculo renal, um tema que não pode ser deixado de fora são os cálculos coraliformes. Este tipo de cálculo – que recebe este nome em função de sua forma ramificada, que lembra um coral –, está associado à infecção urinária. Por causa de seu formato e tamanho, os cálculos coraliformes dificilmente são expelidos naturalmente junto com a urina.
Este tipo de cálculo pode trazer sérios prejuízos à saúde e até riscos para a vida do paciente. Se não for tratado a tempo, não só pode levar à destruição do rim onde se formou, como resultar em infecções urinárias de repetição.
Para se ter uma ideia, o cálculo coraliforme é tão grande que pode ser observado facilmente em um exame de imagem simples, como uma radiografia de abdome. Se o diagnóstico é simples, entretanto, o tratamento do problema pode ser mais complicado.
Apesar do grande avanço obtido pela Medicina ao longo dos últimos anos no tratamento de cálculos renais, os cálculos coraliformes continuam vistos como um problema à parte. Geralmente, este tipo de pedra nos rins não responde aos tratamentos clínicos com medicamentos. É necessária, em grande parte dos casos, a realização de procedimento cirúrgico para sua retirada.
Mais comum em mulheres
O cálculo coraliforme é um cálculo do tipo estruvita, ou seja, sua formação está relacionada à infecção do trato urinário. Logo, populações mais suscetíveis a esse tipo de infecção acabam apresentando maior incidência. Nas mulheres, o risco de ter pelo menos um episódio de infecção urinária ao longo da vida é em torno de 50%. Isso faz com que a incidência de cálculos de estruvita no sexo feminino seja duas vezes maior do que em homens, ao contrário dos outros tipos de pedras nos rins, que têm maior incidência no sexo masculino.